terça-feira, 5 de julho de 2011

Falando de livros



MEME - O Mundo dos Livros


Apesar desse blog ser voltado mais pra filmes do que pra livros, resolvi dividir com você alguns dos meu livros favoritos, após ver esse meme no “La Sorcière”, e como eu adoro um meme e sou viciada em livros, juntou a fome com a vontade de comer, né? ;)


1 - Existe um livro que você leria e releria várias vezes?
Sim, alguns... Eu amo reler as historias que me cativaram, e tenho uma listinha (meu Top 12) que releio de tempos em tempos. O campeão de leitura é a trilogia “As Memórias de Cleopatra” de Margaret George, li, sem o menor exagero, mais de 1o vezes cada um deles. Seguido de “A Canção de Tróia” de Colleen McCullough (6 vezes), “A Casa da Aguia – Tetralogia dos Ptolomeus” de Duncan Sprott (4 vezes), e “As Crônicas de Arthur” de Bernard Cornwell (3 vezes). Os novos integrantes da ista dos lidos e relidos que deixam vontade de reler de novo assim que acaba o livro são “Labirinto” de Kate Mosse, que estou relendo pela terceira vez, e “Julieta” de Anne Fortier, que li e reli em menos de 10 dias, e que estou me segurando pra não pegar de novo sem dar chance pra outro livro, rsrs...

2 - Existe um livro que você começou a ler, parou, recomeçou, tentou e tentou, mas nunca conseguiu ler até o final?
O Fogo do Céu, de Mary Renaulty. E o pior é que eu não sei o porque de não conseguir terminar o livro, pois eu gosto do tema (a vida de Alexandre o Grande), se passa em um dos meus períodos favoritos que é a época helenística, e eu gostei de como alguns dos meus personagens favoritos são retratados pela autora. Mas chega num dado trecho do livro que eu empaco e acabo largando por outro mais interessante. Eu ainda vou terminar esse livro e ler suas duas seqüência, mas talvez eu ainda não tenha pego o livro quando estivesse no espírito dele.

3 - Se você escolhesse um livro para ler para o resto da sua vida, qual seria ele?
Só um? Que tristeza ter que escolher só um. Eu fico igualmente dividida entre As Memórias de Cleopatra e Julieta, que são livros que eu me apeguei tanto que sofri horrores quando acabaram, tipo, me deixaram órfã de tal jeito que acabei relendo o livro em seguida porque não conseguia me desvincular da historia e dos personagens. Mas se tivesse que escolher um só, eu realmente não saberia qual escolher.



4 - Que livro você gostaria de ter lido, mas que, por algum motivo, nunca leu?
Alguns clássicos como “Razão e Sensibilidade” de Jane Austen e “O Retrato de Dorian Gray” de Oscar Wilde... Tipo, tenho os livros em casa, já olhei diversas vezes pra cada um deles pensando em ler e acabei desistindo sem maiores razões... Talvez ainda não tenha chegado a minha hora de lê-los.

5 - Qual livro que você leu cuja "cena final" você jamais conseguiu esquecer?
Não é bem a cena final, pois tem um epilogo, mas a conclusão de “Julieta” é de arrasar! Me acabo de chorar com o desfecho da historia de Romeo e Giulietta contemporâneos de tão poética e bem escrita que é.

6 - Você tinha o hábito de ler quando criança? Se lia, qual tipo de leitura?
Meu pai me estimulou muito o habito de ler. Durante toda a minha infância eu ganhei muitos livros infantis dos mais variados gêneros, desde historinhas menos conhecidas aos clássicos como Sitio do Pica-Pau Amarelo e contos de fadas no geral. Também lia muito gibi da Mônica. Eu ainda não era adolescente quando comecei a ler alguns clássicos da nossa literatura por conta própria, como A Moreninha, Dom Casmurro e 5 minutos/A Viuvinha.

7 - Qual o livro que você achou chato, mas ainda assim o leu até o final?
O “Elo de Alexandria”, de Steve Berry. Passei o livro todo sofrendo com a leitura, achando tudo óbvio demais, clichê demais, não vendo a hora de acabar logo a leitura pra pegar outra coisa que me agradasse mais. Outro que eu detestei, achei chato, e com liberdades poéticas além do limite toleravel foi "O Incêndio de Tróia", da Marion Zimmer Bradley, a mesma de "As Brumas de Avalon", o que me deu a impressão que ela só sabe escrever sobre Avalon mesmo, rsrs...

8 - Indique alguns dos seus livros favoritos:

Lá vai meu Top 12 então XD

1 - As Memorias de Cleopatra (Margaret George) – Costumo chamar de minha trilogia de cabeceira. Como o próprio nome dos livros já diz, é centrado na vida da mais famosa rainha de todos os tempos, Cleopatra VII, mas ao contrario da maioria dos livros escritos sobre ela até então, aborda uma visão mais humana e baseada na verdadeira historia da rainha (e não nas lendas que cercam seu nome). A historia é narrada como se Cleopatra estivesse escrevendo um diário, contando toda a sua historia desde suas primeiras lembranças até seu ultimo segundo de vida. E eu que gosto pouco de romances narrados em primeira pessoa, me apaixonei pelos livros e já os li tantas vezes que perdi a conta.

2 - Julieta (Anne Fortier) – Minha mais nova aquisição dos favoritos que conseguiu desbancar "A Casa da Aguia" (da Tetralogia dos Ptolomeus) do meu Top 5. O romance que conta a historia que inspirou a lenda de Romeu e Julieta misturada com uma caça ao tesouro e muito misticismo, também é narrado em primeira pessoa e se passa em duas épocas: 1340, o período em que a historia real de Romeu e Julieta aconteceu, e os dias atuais, quando uma descendente de Julieta inicia uma busca pelo passado de sua linhagem ao mesmo tempo em que procura por um tesouro deixado por sua mãe. Apesar de o livro não se apegar tanto assim à versão shakespeareana da lenda, é cheio de citações de Shakespeare extremamente românticas sem cair na pieguice. Outro ponto a favor do livro é que ele tem uma excelente pesquisa histórica (fundamental pra mim) muito bem distribuída na trama, trazendo um monte de curiosidades pro leitor. O curioso é que eu escolhi o livro tão despretensiosamente, mas não consegui largá-lo até acabar de tão surpreendente que achei!

3 - A Canção de Tróia (Colleen McCullough) – Outro livro narrado em 1ª pessoa (incrível, agora que me dei conta que os 4 primeiros livros da minha lista de preferidos sejam narrados em 1ª pessoa, rsrs), mas que conta a suposta versão histórica da guerra de Tróia que daria inicio às lendas do Ciclo Troiano. Sem deuses e passes de mágica, a historia narrada é tão real que é difícil não acreditar que tenha acontecido exatamente dessa maneira. O ponto forte do livro é que cada capitulo é narrado por um personagem diferente, mostrando várias visões da historia por ângulos diferentes que fazem com que o leitor esteja presente e se sinta testemunha ocular em todos os acontecimentos do livro, coisa que não aconteceria se fosse narrado por apenas um personagem.

4 - As Crônicas de Arthur (Bernard Cornwell) – Narrado por Derfel Cadarn (o São Derfel), conta toda a historia que envolve as lendas do ciclo arturiano, dando uma roupagem mais realista à varios personagens. Assim como "A Canção de Troia", As Crônicas também seguem a linha de “a historia que deu origem à lenda”, muito bem ambientada num período de transição da Bretanha entre paganismo e cristianismo, se desvinculando aos poucos da influencia romana e se preparando para as invasões anglo-saxônicas que ajudaria a formar a identidade do povo inglês de hoje. Fantastico!

5 - Labirinto (Kate Mosse) – Esse não é narrado em 1ª pessoa, mas nem precisaria, pois é tão bem ambientado entre as duas épocas que acontece, que não tem como o leitor não se sentir “em casa” lendo a trama. A trama também segue a linha de caça ao tesouro, misticismo e importantes períodos históricos. Conta a saga de duas mulheres, Alaïs Pelletier, uma curandeira de 1209 que se envolve numa trama pra proteger um grande segredo, e Alice Tanner, uma jovem estudante em férias que acaba descobrindo sua conexão com os acontecimentos de 1209 e da própria Alaïs. Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi abordar uma fase da inquisição que perseguiu os próprios cristãos, os cátaros, um momento histórico que pouquíssimas pessoas conhecem!

6 - Tetralogia dos Ptolomeu (Duncan Sprott) – Ah, esse é uma das tetralogias mais atrevidas e surpreendentes que eu já li. O primeiro volume, “A Casa da Águia” é narrado pelo deus Thot, e conta toda a saga de Ptolomeu I e seus descendentes, passando por boa parte da historia de Alexandre o Grande, e explorando a criação dos reinos helenísticos que comandariam todo o Mediterrâneo pelos 300 anos seguintes. O segundo volume, “A Filha do Crocodilo”, é narrado pela deusa Seshat, e narra a historia das 3 gerações seguintes à do primeiro livro. A tetralogia não se intimida com os escândalos e crimes ediondos dessa dinastia, mas é escrita de maneira tão inusitada que não chega a chocar o leitor. Ainda faltam os dois últimos livros que não foram lançados sequer nos USA, quanto mais aqui, mas que falarão das Cleopatras da dinastia, até chegar na mais famosa delas, Cleopatra VII. Mal posso esperar pra poder ler as duas continuações!

7 - Helena de Troia (Margaret George) – Seguindo a formula de narrativa em 1ª pessoa, esse livro conta a versão da guerra de Tróia pelos olhos de Helena. Essa Helena é bem diferente da princesa egoísta da "Canção de Troia", ela é um joguete nas mãos do pai e do marido, sempre servindo de pivô para as desgraças dos lugares por onde passa. O que mais me chamou a atenção é que esse livro não termina com a queda de Tróia, como a maioria dos livros que falam das lendas, mas conta toda a sua trajetória de vida! Essa Helena é tão humana e cativante quanto a Cleopatra também descrita pela autora. Aliás, Margaret George é especialista em humanizar mulheres mal interpretadas e tida como as grandes vilãs da historia.

8 - As Mulheres de Cesar (Colleen McCullough) – Único volume da série “Os Senhores de Roma” que é centrado na vida feminina, ele mostra um retrato fascinante da mulher romana do século I a.C. Mulheres que conhecemos apenas como a filha ou esposa de alguém se mostram inteligentes, impetuosas e cheia de influencia na vida de seus homens, os grandes senhores de Roma. Eu ainda estou tentando comprar os outros livros da série, mas são difíceis de serem encontrados, além de muito caros. Mas eu ei de consegui-los todos!

9 – A Busca do Graal (Bernard Cornwell) – Ambientada na Inglaterra e na França da guerra dos 100 anos, conta a historia de um jovem através dos momentos mais importantes do século XIV. Ele se junta ao exercito ingles enquanto busca um tesouro familiar, que por acaso, também são as maiores reliquias da cristandade, e que ele sequer desconfiava ter alguma relação. Claro que ele tem a inquisição na sua cola durante grande parte da trama.

10 – As Cruzadas (Jan Guilou) – Ambientada não apenas nas Cruzadas, mas no período de unificação da Suécia, conta a saga dos pais de um personagem mítico, que devido à intrigas e mal entendidos são condenados a passar 20 anos longe um do outro pagando por seus pecados. Enquanto a rivalidade entre clãs assola a Suécia, Arn, o herói da historia, vai à Jerusalém, aonde convive com importantes personagens históricos como Ricardo Coração de Leão, Saladino, Baldwin, e Balian de Ebelin.

11 – As Brumas de Avalon (Marion Zimmer Bradley) – Acho que não há um bom viciado em livros que não conheça a trama de As Brumas de Avalon, que desmistificou Morgana como a bruxa má das lendas arturianas. Apesar das modificações que a autora adora fazer abusando da liberdade poética, essa saga é fascinante do começo ao fim! A historia é narrada pelo ponto de vista feminino, ao meu ver, o ponto mais forte do livro já que as mulheres são pouco exploradas nas lendas arturianas e nos romances de cavalaria.

12 – Alexandros (Valerio Massimo Manfredi) – Trilogia que conta a saga de Alexandre o Grande, os atritos com os pais, a lealdade dos amigos, e a megalomania que não tinha freio de um dos homens mais fascinantes da historia mundial, além dos vários personagens historicos conhecidos e não tão conhecidos assim que aparecem nos livros, como o pintor Apeles por exemplo, que eu jamais imaginaria que pudesse aparecer em um romance que narra a vida de Alexandre, mesmo que ele tivesse realmente conhecido o rei macedônico.

9 - Qual livro você está lendo no momento?
Estou relendo Labirinto, de Kate Mosse, e louca pra ler Cartas para Julieta, mas ainda não comprei o segundo.


10- Indique outros blogues e blogueiros para participar desse desafio:
Além do próprio “La Sorcière” daonde tirei o post, indico o Camelot or What? do meu amigo Wally, e alguns blogs literários que adoro como o Open Page, o Entre Páginas, O Cantinho da Bookaholic e Bookaholic Fairy . E é claro que se você quiser fazer seu meme e me mostrar, eu vou adorar, basta coloca-lo nos comentarios desse post ou deixar o link ;)

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom te conhecer melhor ^__^

Anônimo disse...

Um livro que eu leria de novo seriam os 4 livros da série As Brumas de Avalon (Marion Zimmer Bradley),quando eu tinha 16 ano eu estava procurando um livro pra ler e eu vi a capa deste e me interessei porque li As Bruxas de Avalon, kkk ^^depois eu vi que eram Brumas...
Eu releria mesmo qualquer livro sobre as aventuras de Sherlock Holmes e Assassinato no Expresso do Oriente,eu queria viajar tanto neste trem *-*
Eu lia muito desde pequena, minha mãe é professora e vinha muitos livros de graça, fora os que eu pegava na biblioteca,depois dos 20 anos fui lendo menos e depois do TOC então não peguei em mais livro nenhum durante um tempo , agora estou melhorando e posso voltar a pegar em papel e pegar livros pois não gosto de ebooks, de vez em quando leio um mas não é a mesma emoção...Labirinto (Kate Mosse) me parece atraente e o A Busca do Graal (Bernard Cornwell)também me interessou, obrigada!

Mara Sop disse...

Uia, Vana... Se empolgou, heim!!!

Se você gostou de As Brumas de Avalon, acho que vai amar As Cronicas de Arthur, e o mesmo tema, mas sob outra perspectiva.
A busca do Graal também é fantastica! O Bernard Cornwell é considerado um dos melhores autores de romance historico da atualidade!
Labirinto é incrivel! Tb tem essa busca pelo graal, muito misterio e misticismo medieval! Tipo, eu sou mega exigente com os livros que leio, rsrs... Pra estar no meu top 5 precisa ser muito, muito bom mesmo!

E que bom que vc ta melhor do TOC... eu Ainda brigo com alguns, mas tb estou bem melhor do que antes ;)

beijooooooooooo