sexta-feira, 25 de março de 2011

A Muralha

Desbravando a moda brasileira


Apartir do dia 15 de março agora, o canal a cabo VIVA está reprisando a minisserie A Muralha, originalmente produzida e exibida pela Rede Globo.

A história da minisserie trata de um tempo muito pouco explorado da nossa historia, aonde os primeiros paulistas ainda fundavam os alicerces do nosso país.
Em A Muralha, vemos os mais diversos tipos que caracterizavam estes primeiros paulistas. Bandeirantes, índios, jesuitas evangelizadores, judeus convertidos, prostitutas em busca de casamento, e pouquissimas pessoas chegadas do "Reino", Portugal, claro!


E com isso podemos ver os grandes abismos culturais através da vestimenta, muito rustica dos paulistas que contrasta com as trabalhadas e coloridas roupas dos recém chegados portugueses, ou a total falta de roupa dos índios.



Claro que cada figurino é muito bem trabalhado de acordo com a historia e personalidade de cada personagem, mas dá pra se ter uma noção muito bem definida de como era a vida naqueles tempos tão árduos da nossa historia.



No site da revista Quem, eu encontrei uma materia super interessante sobre A Muralha, e vou reproduzir um trecho dela aqui, a qual ja estou dando os devidos creditos, é claro!

Baseada no romance histórico homônimo da escritora Dinah Silveira de Queiroz, a minissérie, adaptada com grande liberdade por Maria Adelaide Amaral, conta a saga dos primeiros bandeirantes que, a partir dos planaltos do interior paulista, expandiram o território brasileiro, praticamente delineando sua extensão e formato atuais. "A história de A Muralha é tão grandiosa e trágica quanto a célebre marcha dos norte-americanos para o Oeste", diz o escritor Eduardo Bueno, cujos livros retratam o cotidiano do Brasil Colonial.
Reconstituir essa atmosfera de exotismo e precariedade encontrada pelos europeus no Novo Mundo foi um desafio e tanto. "Quando se fala em novela de época, costuma-se pensar no fim do século 19 ou nos anos 50 do século 20", diz Daniel Filho, diretor da então Central Globo de Criação. "Nesse caso, fomos muito, muito mais longe." A produção de A Muralha contou com o apoio da Funai e a participação de 51 índios xavantes do Alto Xingu, 20 kamaiurás e 20 waurás, além de alguns guaranis e de um coral infantil da aldeia de Paratimirim, no estado do Rio. "A presença dos índios na trama foi o que conferiu o tom de verdade e riqueza à história", diz Denise Saraceni, diretora-geral da série.
O Ibama também participou desse esforço, com uma bióloga e um veterinário acompanhando nas gravações em estúdio e externas, para cuidar dos animais - bandos de araras, capivaras, jaguatiricas, veados, onças, emas, cobras e macacos, entre outros. A produção da série mobilizou cerca de 200 profissionais - de carpinteiros e costureiras a pesquisadores e professores de artes marciais. "A Muralha deve muito de seu sucesso ao casamento da força industrial da TV Globo com o talento artesanal de seus profissionais nas mais diferentes áreas", diz Saraceni.

A Muralha foi filmada em 2000, para as comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil, e vale super a pena ver. Além de ser uma aula de historia, é uma delicia de ser vista!


quarta-feira, 23 de março de 2011

Tributo à Liz



Tributo à Liz Taylor


Hoje, 23 de março de 2011, a mais famosa Cleopatra da historia do cinema se foi.

Eis o meu tributo à ela!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Cores do Egito

O Egito e suas cores!




No Egito, tudo era muito simbolico, e com as cores não poderia ser diferente.
Se engana quem pensa que todas as roupas eram brancas, assim como também se pensa das roupas gregas. Muito pelo contrario, os tecidos poderiam ter as mais belas cores e padronagens, eram muito alegres e lindos!


Cores

Era muito comum tingir os tecidos com cores claras, que podiam ser de apenas uma cor ou de varias formando desenhos e padronagens, sem perder seu significado simbolico.

Kemi - Negro, preto
hedjet - branco, prateado (também é o nome da coroa branca do sul)
tesheret - vermelho (também é o nome da coroa vermelha do norte)
nub - amarelo, dourado
wadjet - verde (a deusa Wadjet era conhecida como "a verde")
Kesbed - azul
Mefkat - azul turqueza ou azul claro
*O metal ouro também era chamado de nub, e a prata de nub hedj, ou ouro branco!


Nub - Ouro ou Dourado

O ouro era chamado de "nebw" de "nub". E era associado com o poder do deus Ra (ou Re), e com o faraó. Mas também era associado ao deus Set, muitas vezes chamado de "Aquele da Cidade Dourada" (a cidade de Nubt).
A pele dos deuses era associada ao ouro, que representa a pureza e a eternidade.


Nub Hedj - Prata ou Prateado

A Prata era chamade de "Hedj". A palavra Hedj também significa "branco", e a prata muitas vezes era chamada de "ouro branco" (nub hedj)
Ela representa a pureza, mas também podia representar a Lua (assim como o ouro representava o sol). A prata era muito rara no Egito, e por isso encontramos mais trabalhos em ouro do que em prata durante o Antigo Império. Durante o Médio Império, encontramos objetos de prata que provavelmente valiam metado do preço do ouro. A prata se tornou mais popular no Egito em tumbas faraônicas apartir a XXI e XXII dinastias, mas não se sabe realmente o porque. Especulações dizem que pode ter sido por falta de ouro (a fazendo mais barata que o ouro) ou por razões artisticas ou mitologicas (possivelmente uma ligação com o deus Sokar).
A prata também era usada como objeto de troca para comprar coisas mais baratas e comuns (cerveja, pão, linho, etc). O "shat" (seniu, Sna ou shena) era pequeno disco contendo 7.5 ou 7.6g de prata, enquanto o "deben" tinha entre 90 e 91g. Deben e shat não eram exatamente usados como uma espécie de moeda, apenas como uma referencia do valor da prata relacionado com coisas cotidianas.

Wadjet - Verde

A palavra Wadj (verde) também significa "florescer" ou "estar saudável".
O hieroglifo é a representação de um papiro (planta) assim como da pedra "malaquita" (também chamada de wadj).
A cor verde representa a vegetação, a vida nova e a fertilidade. Os deuses da terra e da fertilidade eram Geb e Osiris, que tinham a pele verde, indicando o seu poder de estimular o crescimento da vegetação. Entretanto, os egípcios associavam o verde com o ciclo da vida, e assim como simbolizava a fertilidade e o nascimento, também simbolizava a morte e o poder de ressurreição. O reino de Osiris também era chamado de "campos de malaquita"
A malaquita também representa a felicidade e o entretenimento e por isso é associada à deusa Hathor.
A deusa Wadjet é chamada de "a verde" e é uma das Duas Senhoras das Duas Terras.


Mefkat - Turqueza (azul claro ou verde agua)

Outra cor muito usada pelos egípcios era o turqueza, visto ora como um tom de verde azulado, ora como azul esverdeado, mas para os egípcios era azul claro mesmo.
A cor turqueza, assim como a pedra era chamada de Mefkat, e simbolizava a fertilidade, a boa sorte e a proteção contra "o olho do mal", além de ser visto como um precioso prêmio pelos egípcios.
O bracelete de ouro e turqueza da rainha Zer é a peça de joalheria adornada com pedras mais antiga descoberta até agora, cerca de 5500 a.C. A turqueza era extraída no Sinai. Os egípcios também usava quartzo esverdeado, para dar o mesmo efeito brilhante da turqueza.
No livro dos mortos, a doença é descrita como um falcão de asas com pedras verdes. Devido a conexão com Horus (Heru) e com o amuleto "o olho de Horus", que oferece proteção e cura, que também é verde. Durante o processo de mumificação, um escaravelho verde era posto do lado esquerdo do peito, em cima do coração para proteger todo o local aonde o morto repousará magicamente.

Khesbed - Azul

O azul, também chamado de Irtyu, é a cor do paraíso e a representação do universo. Muitos templos, sarcófagos e urnas funerárias eram adornadas de azul escuro com pequenas estrelas douradas.
Azul também era a cor da agua, e por isso representava as aguas do Nilo Primeval do Caos. Como resultado, o azul é associado com a fertilidade, renascimento e com o poder de criação. Um hipopotamo de vidro ou faiança azul era muito popular como simbolo do Nilo e do deus criador Amun, também era representado com a face azul.
De acordo com o mito, o cabelo dos deuses era feito de Lapis Lazuli (khesbedj). Um grande número de faraós imitavam os deuses sendo representados artisticamente com a face ou os cabelos azuis.

Khesbedj - Lapis Lazuli
O Lapis Lazuli era chamado de "Khesbedj". É o azul escuro que simboliza a fertilidade e a boa sorte, e era associado ao céu e ao universo.
Na pintura, os egípcios faziam os pigmentos azuis com um grande número de minerais, incluindo o azurite (tefer) e o cobre (bia). Mas o mais famoso e precioso de todos era o "azul egípcio" (irtyu) feito com quartzo (silica) com cobre (em forma de malaquita), carbonato de calcio e natrão. Era caro e dificil de ser feito, mas produzia uma cor alul escura bastante popular.
O Lapis Lazuli e o vidro azul também eram usados na sua joalheria.
* O turqueza (azul-agua) era mais associado com a cor verde do que com a cor azul.
O Lapis foi encontrado em artefatos do periodo pré-dinastico, e é evidente que nos tempos mais remotos o usaram como objeto de troca com seus vizinhos do Vale do Eufrates.

Tefer - Azurita
A azurita é encontrada frequentemente em associação com a malaquita como resultado da alteração e oxidação de minerais de cobre.
O nome azurita tem origem na palavra árabe para azul. Desde há muito tempo usada como pigmento mineral azul. Usada também em jóias; os melhores espécimes são apreciados por coleccionadores de minerais.

Bia - Sulfato de Cobre
O cobre nativo, o primeiro metal usado pelo homem, era conhecido por algumas das mais antigas civilizações que se tem notícia e tem sido utilizado pelo menos há 10.000 anos - onde atualmente é o norte do Iraque foi encontrado um colar de cobre de 8.700 a.C.; porém o descobrimento acidental do metal pode ter ocorrido vários milênios antes. Em 5.000 a.C. já se realizava a fusão e refinação do cobre a partir de óxidos como a malaquita e azurita. Os primeiros indícios de utilização do ouro não foram vislumbrados até 4.000 a.C. Descobriram-se moedas, armas, utensílios domésticos sumérios de cobre e bronze de 3.000 a.C., assim como egípcios da mesma época, inclusive tubos de cobre. Os egípcios também descobriram que a adição de pequenas quantidades de estanho facilitava a fusão do metal e aperfeiçoaram os métodos de obtenção do bronze; ao observarem a durabilidade do material representaram o cobre com o Ankh, símbolo da vida eterna.


Tesheret - Vermelho

O Vermelho, chamado desher, tinha diversas associações no Antigo Egito. O deserto era chamado de terra vermelha (desheret) em contrapartida com o Egito, Kemet, ou terra negra. Desheret também é o nome da coroa vermelha do norte.
Os egípcios preferiam as pedras vermelhas de jaspe ("khenmet", possivelmente do verbo "hnm", "deleitar-se") e de cornalina ("herset", que significa "triteza" durante o periodo dinastico tardio). Eles também usavam o Sárdio (uma variedade de calcedônia com cor castanha a castanha avermelhada e translúcida) e o vidro, para fazer suas pinturas ricas em vermelho com aço oxidado e ocres avermelhados.
O vermelho era a cor mais poderosa do Egito por causa da sua associação com o sangue, principalmente com o poder do sangue de Isis.

O amuleto Tjet (nó de Isis) era colocado na múmia feito em pedra vermelha. O livro dos Mortos especifica que o Tjet devia ser feito sem jaspe vermelho, mas com cornalina ou exemplares de vidro vermelho que fossem encontrados. O Tjet nem sempre é vermelho (também poderia ser em azul) mas muitos estudiosos ligam o simbolo com o sangue de Isis, uma representação do sangue menstrual.

O amuleto Shen, era o simbolo da vida longa. Era associado com Ra, o deus do sol e feito em pedra vermelha, principalmente em cornalina (mas também é possivel encontra-lo em lápis lazuli). Ele aparece como disco com uma linha abaixo, zimbolizando o sol no horizonte. O Shen representa a eternidade e trás vida londa.

Entretanto, a cor vermelha também representa a raiva, o caos e o fogo, e é associado a Set, o imprevisivel deus das tempestades, assim como com Sekhmet, "Senhora da Chama". Set tem o cabelo vermelho, e pessoas ruivas eram associadas a ele. Como resultado, os egípcios descreviam pessoas com um perfil bélico como tendo um "coração vermelho" ou como tendo "olhos vermelhos", se fosse raivosa ou violenta. Set também associado com o deserto e lugares distantes, com o caos e com a raiva. Por isso a palavra "deserto" é derivada do egípcio "desheret", terra vermelha.
Vermelho por ser azarado ou perigoso. Sacerdotes e escribas também usavam a cor vermelha simbolizando o poder de importantes frases com tinta vermelha, assim como palavras vistas como coisas ruins ou que lembravam má sorte também eram escritas em vermelho. Neste caso, todo papiro que falasse de Apep (Apophis) era escrito em vermelho.

* A cornalina (herest) era associada à Sekhmet, como uma forma de balancear o bem e o mal com Hathor, simbolizada pela turqueza (mefkat)


Khenet - Amarelo

O amarelo, ou khenet, representava o eterno e indestrutivel, e era associado ao ouro (neb, nebu ou nebw) e ao sol. O ouro era a pele dos deuses, e numerosas estatuas dos deuses eram feitas ou cobertas com ouro. Os sarcofagos dos faraós também eram feitos de ouro, pois ele estava prestes a se tornar um deus em sua morte. Um "shen" dourado era colocado no peito da múmia para lhe dar a proteção de Ra.
Os egípcios também usavam pigmentos de ocre amarelo (um minério de ferro) e massicot (um óxido de chumbo). Durante o Novo Império, eles também usaram o sulfato de arsênico. O amarelo também era misturado com o branco, representando a pureza.


Hedji - Branco

como o Amarelo era associado ao ouro, o Branco era associado à prata, mas apesar da prata ser chamada de nub hedj (por ser considerado o ouro branco), o branco era chamado apenas de hedj.
A cor branca representava a pureza e a onipotencia. O branco era visto como o oposto do vermelho, que era associado ao caos, fazendo do vermelho e do branco, cores complementares, como é visto na coroa dupla (pschent), união do Alto (hedjet) e do Baixo (tesheret) Egito. É particularmente associado com objetos simbólicos religiosos e ferramentas feitas em alabastro branco.
A cidade sagrada de Menfis (Menufer) era chamada de "Ineb hedj" que significa "os muros brancos", e adornos e sandalias brancas eram usadas em cerimonias sagradas.
O alabastro era muito valioso para os egípcios por causa da reluzente cor branca. O que resultou no seu uso para itens rituais como os vasos canopicos.
A palavra "hedj" é usada tanto para branco quanto para prata.


Kemi - Preto

A cor preta, Kem, representava tanto a morte como o pós-vida. Um dos epítetos de Osiris era "o negro" por ele ser o rei do mundo dos mortos, e tanto ele quanto Anubis (o deus do embalsamento) eram representados com faces negras.
Entretando, os egípcios também associavam o preto com fertilidade e ressurreição, pois a agricultura dependia da lama negra deixada pelas cheias do Nilo aonde seria plantado tudo que fosse ser consumido ou exportado do Egito durante o resto do ano. Tanto para a representação de ressurreição como de fertilidade, o preto e verde eram interligados. Como resultado, os deuses Osiris e Geb são representados com pele negra ou verde, enfatizando sua conexão com a fertilidade.

O Egito era chamado e Kemet, a "terra negra" justamente por causa da lama que ficava ao redor do Nilo após as cheias, e não tem absolutamente nada a ver com etnicidade.

A Rainha Ahmes-Nefertari foi representada com a pele negra, o que gerou muita discussão se ela seria ou não de origem núbia, mas é certo que foi apenas uma representação simbolica de riqueza e fertilidade, além de ela ser também a patrona da necrópolis.

* Ebano = A pintura negra era feita com fuligem ou carvão, e ocasionalmente com óxido de manganésio. Ebano (que tem seu nome moderno devido ao kemita "hbny") também era bastante popular. E junto com o marfim (do egípcio âb, âbu = "elefante"), faziam um bonito conjunto. Tutankhamun tinha um belíssimo senet feito em ebano e marfim em sua tumba.
* A Onyx Negra também era bastante popular na joalheria egípcia, usada tanto pela realeza quanto pela plebe. Ela é uma forma de quartzo negro que fica muito bonito combinado com a prata.

Curiosidade
As cores das pinturas egípcias eram elaboradas da seguinte forma:
O preto era usado para fazer a pintura a partir do Carvão de madeira ou Pirolusite, um óxido de manganésio do deserto do Sinai.
O Branco era usado para fazer a pintura a partir do Cal ou Gesso.
O Vermelho era usado para fazer a pintura a partir do Ocre.
O Amarelo eles usavam o Óxido de ferro hidratado (limonite).
O Verde era feito através da malaquita de sinai.
O Azul era elaborado a partir do Azurite (Carbonatode Cobre) ou Óxido de Cobalto.


by mara sop


Egito Antigo - Chanti e Kalasiris


A roupa egípcia - parte 1

Acima, minha fanart de um dos mais lindos vestidos de Nefretiri
(leia-se Rainha Nefertari, esposa de Ramses),
personagens de Os 10 Mandamentos, vivida por Anne Baxter

A roupa egípcia pouco mudou em seus 3000 anos de Imperio, e isso pode ser claramente visto nas diversas manifestações artisticas que existem até hoje de todos os periodos do Egito Antigo.


Akhenaton, Nefertiti e suas filhas saldando o sol



O chanti, o saiote masculino, e o kalasiris, a tunica longa unissex, são as peças de roupa que melhor descrevem a moda egípcia na antiguidade.

Kalasiris
Papiro com a rainha Nefertari usando um kalasiris com capa transparente
e a deusa Isis usando um kalasiris justo multicolorido.

Era uma tunica longa usada por cima do chanti para os homens, e por cima de uma tanga para as mulheres, amarrada com uma faixa ou um cinto na cintura. Os kalasiris femininos geralmente não cobriam os seios, que ficavam à mostra mesmo, e eram feitos de linho muito fino e transparente, dando a impressão de estarem quase nuas.

A diferença de comprimento também variava de acordo com o sexo. Os masculinos geralmente íam até os joelhos, e os femininos até os tornozelos. Os kalasiris poderiam ser de diversos modelos, e poderiam ser adornados com cintos coloridos, e usados uma capa curta, muito fina e transparente, que cobriam graciosamente os seios.

Chanti

Era uma espécie de "saia" amarrada na cintura, presa com um cinto, geralmente usada sobre uma tanga ou com um triangulo protegendo as genitais.
Mulheres não usavam chanti, essa era uma peça de roupa exclusivamente masculina.
A única mulher de quem se tem noticia de ter usado um chanti foi a Rainha Hatshepsut, que assumiu toda a vestimenta do faraó para se afirmar como única governante do Egito.

Tutankhamon usando um chanti e Ankhesenamon usando um kalasiris
Novo Império

Kalasiris masculino usado pelo faraó Seti I, entre Ramsés II que usa um chanti,
e Nefertari, usando um kalasiris feminino.
Os 10 Mandamentos

à moda egípcia


O Egito on the line

Rainha Nefertari Meritmut, esposa de Ramsés II



O Egito é uma das civilizações mais antigas da história. E história a gente pode tomar como base a partir de que se inventou a escrita, porque mesmo que tenham existidos inumeras civilizações antes disso, elas não fazem parte da historia justamente pela ausencia de escrita, portanto fazem parte da pré-história.

A escrita surge no Egito por volta de 3150 a.C. junto com a primeira dinastia. Mas não pense que os egipcios brotaram do chão nessa data não! Na verdade, esse povo ja estava por lá há alguns milhares de anos, dividos entre os egípcios do norte e egipcios do sul, mas só apartir dessa data é que temos registros sobre eles.

Mas vamos às roupas...

kalasiris trançado como rede de pesca do Antigo Imperio

A roupa egípcia é uma das que menos sofreu alterações durante os 3000 anos de sua historia na antiguidade. Basicamente ela se divide entre poucas peças de roupas como o chanti, o kalasiris, sandalias e alguns tipos de toucados. Claro que haviam as diferenciações sociais, já que o Egito era uma nação rigidamente dividida em castas, quanto mais alta a classe social, mais fino e transparente era o tecido.

No inicio, os homens usavam apenas uma tanga, muito parecida com as dos cretences, e mais tarde foram introduzidos o chanti e o kalasiris, que permaneceram por toda a sua historia. As vestimentas egípcias só começaram a sofrer mudanças significativas durante o periodo ptolomaico, 300 anos de governo greco-macedonico, e romano.


domingo, 13 de março de 2011

Historia da Moda em Pupe-Art


Pupe Art através da Historia

Eu tenho feito fanarts de trajes de época em "pupes", uma bonequinha virtual muito popular entre blogueiras, e tenho postado algumas no meu tumblr.
Caso você não conheça o termo fanart, basta traduzir literalmente para a arte do fã. E eu, totalmente viciada e apaixonada pelo site Poupée Girl, acabo pegando a bonequinha como minha manequim para os mais diferentes trajes historicos.

Entre trajes tipicos de determinados periodos ou civilizações, personalidades historicas ou personagens de filmes dos quais eu me apaixono pelo figurino, eu posso citar Ana Bolena e sua filha Elizabeth I, Maria Antonieta, Imperatriz Josephine, a Rainha Victoria e Sissi, a Imperatriz. Grandes mulheres que não apenas influenciaram a moda, mas também a historia mundial.

Mas voltando às minhas fanarts, uma das minhas mais novas é da Imperatriz Lucilla, personagem do filme Gladiador, que tem um dos figurinos mais lindos que eu já vi. Aliás, não é atoa que o filme faturou o oscar de melhor figurino entre outras categorias da Academia.


Lucilla realmente existiu. Era filha do Imperador Marco Aurelio e irmã do Imperador Commodus e esposa do co-governante de seu pai, Lucius Verus, mas não teve nenhum afair com um general romano que virou gladiador.

Tal como mostra o filme, salvo as licenças poéticas, Lucilla realmente conspirou contra o irmão caçula, Commodus, e acabou banida na Ilha de Capri, junto com sua unica filha sobrevivente do casamento com Lucius e mais 2 comparças, e claro que acabaram sendo executadas não muito tempo depois.

No texto da wikipedia que fala sobre ela em portugues, da pra ter uma ideia vaga de quem foi Lucilla, mas honestamente, eu prefiro os textos em ingles da wikipedia, que na minha opinião, além de mais confiaveis, são bem mais completos e detalhados.

De qualquer forma, pretendo fazer fanarts de pupes de todos os periodos da historia da moda e ir postando aqui para ilustrar cada materia.



Caso você queira conhecer, ou até mesmo adicionar a minha pupe, sinta-se à vontade. Novas amizades são sempre bem vindas!


XD


by mara sop